segunda-feira, janeiro 14, 2008

Uma saga Rondonipolitana – meu diário de viagem

Entenda o processo histórico: há dois anos o menino Borba não ia a Porto Velho, lugar onde deixou amigos e viveu quase 80% da sua sossegada vida. Agora terá talvez uma de suas últimas oportunidades. Seus pais estão se mudando definitivamente pra Bahia (saudades do menino Borba, e não do acarajé), e isso vai criar muitas complicações para futuras viagens (antes financiadas justamente pelos pais do menino Borba com segundas intenções – tráfico de camarão e azeite de dendê).
E assim começa:


Dia 1

Não dormi nada, minha noite foi péssima. O vôo estava marcado para 6 da manhã do dia 11. Isso ia ser chato, já que por variadas questões minha viagem seria dividida em dois trechos com uma diferença de quase 16 horas: Salvador/Brasília e Brasília/Porto Velho.
Cheguei em Brasília 8:30h. Teoricamente só sairia de lá 23:55. Teoricamente.
Iria me encontrar com uma antiga amiga, Déborah. Como ela estava em aula, só poderíamos nos ver de tarde. Ocupei então minha manhã entre ler um livro emprestado por minha chefa, ouvir música enquanto dava repetidas voltas pelo aeroporto e dar sonecas disfarçadas em cada banco que sentava.

Minha "mala", óculos e livro - companheiros de tédio.

O tédio foi interrompido por uma menina de Cuiabá numa situação semelhante à minha. Ela me achou despojado, e veio puxando papo. Conversei com ela até a hora de ir ao Shopping Pátio Brasil, econtrar Déborah.
No caminho, o taxista me deu 26 anos de idade. Eu devo estar com uma cara ótima, pensei.
Já Déborah continuava a mesma morena bonita com os seios fartos de sempre. Sorridente, me alegrou (sim, eu reparei no sorriso dela). Com ela estava uma amiga simpática dos tempos antigos de escola, mas que nunca tinha trocado uma palavra comigo até a presente data, Aninha. Voltei pro aeroporto me sentindo mais leve, quase 22h da noite.
Foi então que, como se diz na Bahia, “começou a putaria”.
Uma série de eventos entre atrasos e confusões e panes e não-panes e brigas e xingamentos e mulheres grávidas e velhos e velhas e um menino Borba quieto, olhando tudo de canto de olho e rindo, cansado, levou o vôo a ser cancelado. Finalmente, depois de ser adiado para 00:55, depois 01:22, depois 01:45 e depois 02:34. Quem ainda não passou por essas cenas ao vivo, já deve ter visto na TV. O chamado caos aéreo.
Quase 3 da manhã, fui acomodado no hotel Juscelino Kubitschek. Dele guardei 4 memórias:
1 – Um misto quente custa 10 reais. Assim como uma água mineral.
2 – Se não enfiar aquele cartãozinho naquele trocinho atrás da porta, nada funciona no quarto. Nada.
3 – Não existe como regular um banho morno. Ou a água é quente como areia do Saara, ou fria como bufa de velho.
4 – O millano é um sanduíche muito bom. Se um misto custa 10 reais, imagina quanto um sanduíche com nome de cidade italiana deve custar? 19 reais. Como foi a TAM que pagou, valeu a pena.
Depois de comer, eu não dormi, eu simplesmente apaguei naqueles lençóis quentes e naquela cama macia. Devo até ter sonhado. No dia que tiver 800 reais para pagar numa diária de hotel, eu volto lá.

Fim do dia 1.

7 comentários:

Unknown disse...

Adorei a sinceridade dos "seios fartos de sempre". Muito bom!
Lerei os próximos. Beijo

Larissa Santiago disse...

suahsuaus
viagensss sempre são ótimass!!!

Jessica Rampazo disse...

Eu e seu/nosso amigo péricles, resolvemos tirar uns minutinhos para saber de vc, qnd lemos que o hotel custava 800 dinheiros a diária adivinha a nossa reação.
- Filho da puta, é sortudo pra caralho.
E risadas rolaram.

Unknown disse...

observação:
você começou uma série sem terminar a outra.
pode isso?
hein, hein?

Jhu disse...

Bah, esse seu blog eh bom demais..
Acho que vou parar de escrever coisas sentimentais e ir para o sub mundo da putice..
Otimoooo
E vamos todos para a casinha do cachorro ^^

Laila Paschoal disse...

Vc estudante de arquitetura?
Meus pais são arquitetos.
Nem acho graça... apenas... apenas... sei lá.
Umbeijo,
SJ

Alfaia disse...

Enquanto você dormia em lençóis quentes e macios, eu me desesperava a caminho do aeroporto, depois de 14 chamadas não atendidas, pensando 'qual é a merda da vez?'

¬¬

acontece.