quarta-feira, agosto 31, 2005




Clique na imagem.

Prometi, cumpri.
Nada demais, apenas meu primeiro teste digital com desenhos desse tipo.
Critiquem.
Mas compreendam meu estilo preguiçoso inacabo que eu adorei.

terça-feira, agosto 23, 2005

Kurt e Os Sonhadores

A trastornada Paris dos anos 60 (precisamente 1968) serve de belo cenário ao encontro do americano Matthew (Michael Pitt) com os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel) que, como ele, são profundos conhecedores de cinema. Isabelle e Theo mantêm uma relação incestuosa. Eles não estão preparados pelo que está por vir: o amor dela pelo americano. O resultado é uma relação bipolar entre amor e raiva.

A trilha sonora é perfeita para o filme, inclusive a versão da música de Jimmy Hendrix feita por Michael Pitt que, por acaso, é o mesmo que fez Last Days, a "quase-biografia" de Kurt Cobain, mas esse tinha pesadelos.

Michaell Pitt em "Last Days"

Filipux

terça-feira, agosto 16, 2005

O cara atrás do chapéu

Quem é ele?
Esse cara triste
Que se esconde atrás do seu chapéu riste?
Ele não fala, e não insiste
Parece até que não existe
Sempre quieto, sempre na dele
O seu silêncio
já diz tudo e não diz nada
- Que bastarda vida desgraçada!
O que será que ele pensa?
Sempre no mesmo lugar ele senta
Nunca olha no rosto, seus olhos escuros
Escondem algo que poucos percebem
Até que as nuvens de seu rosto dispersem
Será que é otário? Será que é maduro?
Se esconde no escuro de seus olhos escuros
E na sombra da aba de seu chapéu triste
Que como parte de si, sempre está riste
Preso na sua cabeça que ninguém decifra
Sua mente
Ninguém entende
Quem será ele? Atrás do chapéu?
Merece o inferno, ou merece o céu?
Que seja feliz esse homem triste
Que se esconde atrás de seu chapéu riste.

Borba

quarta-feira, agosto 10, 2005


Das cuecas ao sexo

Eu me considero uma pessoa organizada. Não chego exatamente a ser metódico como meu pai, mas gosto de tudo que é meu no lugar certinho.
Não gosto que mexam nos meus CD's por exemplo. Muito menos se você é uma daquelas pessoas com incrível capacidade para arranhá-los (sempre naquela parte da música que a gente mais gosta).
Mas de uns tempos pra cá, se você abrir a minha gaveta de cuecas, você vai encontrar um pandemônio geral, digno de carnaval baiano. Tudo jogado, misturado, displicentemente amassado. Lá dentro você pode achar lâmina de barbear, caixinha de band-aid, cópias de documentos e um sabonete pra perfumar cuecas que a minha querida vó me deu quando eu fiz 18 anos.
Acontece que esses dias eu li uma notinha em uma revista masculina (hihihi) dizendo que um estudo cientificamente comprovado mostrou que homens que têm a gaveta de cuecas bagunçada fazem mais sexo do que homens que têm a gaveta de cuecas arrumada. Sério mesmo.
É claro, nada mudou, e eu continuo, digamos... esperando a mulher certa.
Enquanto isso eu vou contendo o ímpeto incosciente que sinto de arrumar aquela gaveta bagunçada toda vez que vou procurar uma cueca.
Poxa, não aguento mais.

Borba

sexta-feira, agosto 05, 2005

Partido Regressista



Ao passar da 16ª volta ao redor do sol, todos os brasileiros (natos ou não) adquirem o nobre direito de votar. E, de acordo com a idéia de democracia consagrada na Grécia Antiga, escolher os rumos tanto da cidade onde mora, do Estado onde vive quanto do País onde nasce.

No dia marcado para o sufrágio, quase todos (obrigatoriamente) vão às urnas e através de suas convicções (algumas compradas), votam no candidato desejado.

Assim que eleito, o puto escolhido não pensa mais em defender o que por tanto suou (no clima tropical equatoriano) em palanques públicos. Ele vai se tornando imprudente até virar o típico "político brasileiro" (tipo de homem cujo único sentimento verdadeiro é a falta de sentimento, somada à arrogância impertinente e uma descarada e já consagrada arte de mentir), iniciando uma onda abestalhada de perversão dos princípios éticos (i.e. corrupção).

O sujeito chega ao sexto mandato. Agora, para ele, a essência da política consiste em apenas lutar bravamente pela posse ainda mais duradoura de uma "mamadeira de leite de ouro" para si e para sua família. Quanto mais ele depende dessa fonte, com mais afinco ele luta por ela. A cada instante que o cinto aperta ele fareja o começo do fim de tudo, e em cada nova denúncia -- uma ameaça. Com sua honra já perdida, ele recorre à última conseqüência: pede por clemência e verte lágrimas.

(no próximo sufrágio, a população o elege novamente)

Filipux

quinta-feira, agosto 04, 2005


Manifestações de burrice

Hoje eu assisti uma série de vídeos intitulados "A20", que mostravam manifestantes em São Paulo protestando basicamente contra a Alca (me lembrou bem alguns vídeos do Rage Against the Machine, que sempre mostravam o incendiário Zack de La Rocha incitando o público contra o imperialismo). O foco dos vídeos era na violência da polícia que covardemente partia pra cima dos manifestantes, que indefesos, coitados, sofriam.
Bem, a questão não é essa. Rage Against the Machine é uma das minhas bandas preferidas, e eu não sou contra nenhum tipo de manifestação pacífica, mas se você for perguntar pra todos os manifestantes que ali estavam “o que é a Alca ?”, grande parte deles não saberia responder. Alguns manifestantes falaram frente à câmera, provando a minha tese. Me fizeram rir.
Outros apareciam chamando os policiais de "fascistas" (provavelmente também não sabem do que ser trata ser fascista). Um homem de quase 2 metros, com uma faixa escondendo o rosto e uma camisa do Che Guevara disse que estava no canto dele sem fazer nada, quando um policial apareceu com seu cacetete e lhe aplicou um golpe nas costas. Mas pra que a faixa no rosto? Pra não ser identificado como saco de pancadas? Geralmente, quem se esconde alguma coisa fez de errado.
Por favor, não me entendam mal, mas, antes de tudo, vamos ser menos hipócritas e parar de fingir que a culpa é da polícia (eu não sei se é porque o meu pai é um policial militar, mas eu acredito que ainda existem homens honestos na corporação policial), ou do imperialismo, da Coca Cola ou do americano. O brasileiro normal, em geral é burro e acomodado. Eu por exemplo sou um. Isso já basta pra justificar os nossos problemas.
Eu só não gosto de generalizações. Sei que ali existiam manifestantes que realmente se importam com a camisa que vestem, o que dá sentido à passeata, assim como policiais com certeza abusaram do poder e bateram em gente que não fazia nada de errado.Mas a violência ocorreu de ambas as partes.
Então, antes de tudo, lutai-vos contra a hipocrisia.

Borba

segunda-feira, agosto 01, 2005

JT LeRoy


The Heart Is Deceitful Above All Things


Franzino, andrógino, excêntrico, o escritor JT LeRoy apareceu no Brasil mês passado para promover um de seus livros, Sarah.

Sarah e The Heart Is Deceitful Above All Things de JT LeRoy são tão estranhos quanto sua história. Em Sarah, Jeremiah Terminator LeRoy escreve uma narração de um menino que cercado por pisteiras vê naquele vida de desilusões e violência, um mundo encantado. Algo totalmente antagônico com o que é pensado por nascidos em berços mais nobres. Sua mãe (Sarah), veste-o de menina e o leva à vida com que ele tanto sonhava. A fixação do garoto por sua mãe (Sarah) é tão grande que ele adota o nome dela o livro inteiro, apesar disso, não confunde o leitor.

Glad, o cafetão que manda no pedaço, usa o tamanho do pênis de guaxinim para premiar a melhor pisteira. O sonho de Sarah ("o" Sarah) é conseguir o maior de todos. Por isso foge a um outro bar de beira de estrada onde terá mais serviço e assim voltar ao bar de Glad com fama e garantir o maior pênis de guaxinim entre todas as pisteiras. Parece fácil, mas diversos fatos ocorrem fazendo com que Sarah sofra por suas escolhas.

Shirley Manson do Garbage fez uma baladinha um tanto esquisita inspirada na história de JT LeRoy, chamada Cherry Lips.

Quanto ao outro livro, The Heart Is Deceitful Above All Things tornou-se um filme dirigido por Asia Argento e exibido um pouco antes da entrevista de LeRoy em São Paulo, desconheço tanto o livro, o filme, quanto a entrevista. Mas se LeRoy for tão excêntrico e manter a mesma linha de Sarah, eu terei de ler o livro, a entrevista, e assistir ao filme. Quando se acha um bom escritor (mesmo que pareça uma escritora) é bom sugar tudo que ele tem a oferecer.

Filipux

Pingüins e a "Doutrina" Metaleira



-- O frio é demais, todos se vestem bem! Acho até que é melhor que o verão
-- Blé! Então vai viver na geladeira!

Trecho de uma conversa de Filipe, que gosta do calor de dezembro em Marília e não do frio que por aqui faz, com um metaleiro. Ninguém merece ver metaleiros abusando de seus sobretudos baseados em pretextos fajutos. Metaleiros, góticos, não sejam falsos.

Filipux