terça-feira, agosto 15, 2006

Na cozinha

— Onde estão os camarões?
— No armário.
— Oh, sim, apodrecidos...
— Eu quis dizer no freezer.
— Não, no mar! Eu estou com o freezer aberto, porra, só que não os consigo achar. Onde?
— Onde o quê?
— Merda.
— Achou?
— Agora você sabe o que era?
— Achou ou não achou?
— Tá, onde estão?
— Embaixo do bacalhau, compramos no mesmo dia.
— Odeio bacalhau.
— Por isso que estamos fazendo camarão.

[...]

— Culpa sua.
— O quê?
— Os camarões. Digo, o freezer.
— Você que não os acha e a culpa é minha?
— Devia ter uma prateleira só com o camarão...
— ...que ia ficar vazia todos os outros 350 dias do ano.
— Nessas épocas no ano, devia, então.
— E o que a gente ia pôr nela enquanto isso?

[...]

— Vou fritar a cebola.
— Começou há dois minutos.
— Pois então, estou fritando-a.
— Ah, sim! Eu não o tinha percebido.

[...]

— Já acabou?
— Tá sentindo o cheiro no ar?
— Sim.
— Por que será?

[...]

— O cheiro fica no ar depois que a gente já parou de fritar.
— E daí?
— Daí que você disse que não.
— Não disse.
— Vá se foder.
— Venha me foder.
— Eu vou.
— Só depois que a comida baixar.
— Vá a merda.
— Você que vai.
— Esqueceu do enema hoje?

[...]

— Eu lavo e você seca.
— Você lava e o tempo seca.
— EU, lavo; VOCÊ, seca.
— A louça seca sozinha.
— Não seca.
— A gente pode descobrir.

[...]

— Quer que eu lave um pouco?
— Não.
— Você não queria que eu secasse?
— Você vai secar.
— Não vou.
— Vai sim.

[No quarto]

— Nunca mais faço camarão.
— Continua chupando que tá bom.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Roubadores de pirulito


Bem, inicialmente eu não vou me escusar da minha sumida momentânea de dois meses. Estava de férias, em Porto Velho, fardo necessário. Gostei até.... de Rio Branco. O acreanismo, portanto, está bem exacerbado. Mantive contato com Altino Machado, um dos escritores acreanos que mantém um blog e tem ligação direta com a produção da minissérie sobre o Acre.

Ontem mesmo, dando uma olhada no Pânico na TV. Dou de cara com Jô Soares (o senhor acima) na entrada do Cirque du Soleil, em São Paulo. Lembrei-me então, do livro que o Cacau me mandou "Assassinatos na ABL". Mas não fiquei olhando enraivecido por causa disso, mas sim pelo que ele estava fazendo.

Diz a Constituição, no seu Art. 227: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."

O que Jô gordo estava fazendo? Pois bem, com condição financeira de poder ver o Cirque de Soleil onde quer que ele estivesse. Ele fez jus de desrespeitar a prioridade das crianças de terem direito ao lazer que um circo como o de Soleil oferece.

Hoje, veio a comprovação. Meu professor Olney de História do Direito estava reclamando da falta de ingressos do Cirque du Soleil para seus dois filhos, um de 10 e o outro, de 16 anos. Pois bem, Olney. Imagine só quantos ingressos o Señor Jô tomou das crianças?


Ficha nele: Jorge Viana PT-AC

O atual governador do Acre, construiu estradas e aeroportos, centros esportivos e escolas adaptadas à cultura às peculiaridades da região, desenvolveu programas de transportes específicos para a população ribeirinha e garantiu que o ensino de Segundo Grau chegasse a todos os municípios. Antigamente, quem morasse no interior do Acre e quisesse fazer o Primeiro Ano teria de ir para Rio Branco. Reestruturou o sistema de educação, de forma que todas etnias indígenas fossem contempladas com programas específicos.

Se Lula for reeleito, ele será Ministro de Estado. Ministro da Educação? Mas eu não sou partidário do PT, ã?