segunda-feira, maio 08, 2006

Um texto na porta de entrada

"Em Cabaré que se preze, sempre há clientes memoráveis. Há aqueles que causam fuzuê, são obesos, tem mal-hálito e são impertinentes na hora do pagamento. Mas há também aqueles magrinhos e sorumbáticos, de sobretudo escuro e bem gasto, que sentam na última mesa e passam a noite a cantar e entregar o fígado ao álcool. São românticos byronianos e morrerão de tuberculose. Eles sempre rabiscam um texto ou uma canção que a cafetina há de pendurar na entrada da casa."
O Puteiro
Amei em cheio
Meio amei-o
Meio não amei-o.
Leminski


É quando você está ouvindo. Conversando. Aquilo de você escutar, e entender (entender você mesmo).
Quando aquele amigo que é o mais bonito, o mais simpático, (...o mais libertino), te diz que o problema dele é a insegurança. E que, ao mesmo tempo, lamenta muito o fato de nunca ter encontrado alguém que ele amasse mais do que a si mesmo. Quando você ouve, e você entende.
E você conhece aquela pessoa perfeita, e o relacionamento é perfeito, e você não consegue achar outra palavra pra definir o mundo, que não Perfeito. E de repente você descobre que falta algo. Falta algo em você? Falta algo.
Aquela sua amiga, que só é sua amiga, porque você, simplesmente, acha que ela é mais-do-que-o-máximo. E descobre que ela é assim, mas que antes ela já foi assado, e frito e queimado. E já sofreu, e nunca esqueceu. E viu Deus que isso era bom.
E você vai descobrindo o mundo (o mundo-pessoa ou as pessoas-mundo). E tudo não é, nada mais, que descoberta. E as coisas, que antes já não tinham nome, passaram as ficar mais coisificadas ainda.
É quando você descobre que você não é o único ser único. E ao invés de evoluir, começa a utilizar o verbo metamorfosear. Vê que a vida é repetição. E até as aranhas começam a fazer sentido. Não em cima do muro, mas em cima das teias. Foi porque hoje você acordou do sonho em que vivia. Quando um mosquito começou a cantar solos musicais pra você, que na época tanto se incomodou, começa a entender o ritmo da música.
MARQUES, Renata.
PS: Texto gentilmente roubado.

8 comentários:

myLogoSpace disse...

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Borba disse...

Deus!































...

Calma aí que eu vou ler de novo pra ver se osmoso.

Alfaia disse...

Catarse é por osmose?

SIM!!!

Catarse só pode ser por osmose!

Arrepios!

Anônimo disse...

PS2: Texto gentilmente doado.

XD

Às Putas que mais felizes me fazem!

Alexandre Lucio Fernandes disse...

Cara, me lembra muito eu, não sei o porquê.
Senhorita Marques, belo texto, ótimo conteúdo.
Acho que esperarei os proximos textos gentilmente doados.
:)

ALF

Anônimo disse...

É tal qual chuva que passa e deixa um solo fantástico, sons e mais sons, experimente ouvir a funesta orquestra de um ônibus lotado.
Se estamos acostumados a esse tipo de violência o será pior que viver anestesiado.
Acordei a um tempo, vi a estrada de uma só passagem por ela todos devem (e sempre andaram sozinhos) andar só, a maçã que apodrece em nós, amigos, é um dom pois muitos esqueceram que ela esta lá.
E morrem secos no fundo de um quarto.
um abraço ao meu irmãozinho KAFKA.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Todos passam estas semelhaças mas dar-se conta é diferente; dói, explode, grita. Descobrir-se sempre passageiro, apesar da permanência obrigatória no "mundo live" pode causar o pesar e torpor, prefiro a dor de saber-me que ñ desvendar de onde vem a dor. Nos despedimos de nós a cada noite de sono e sonhos...