sábado, dezembro 03, 2005

Encape e não VEJA!

É notório o fato de que VEJA é uma revista tendenciosa, panfletária, entreguista e neoliberal. Sabe-se que também está repleta de fofocas de celebridades, é contrária a Movimentos Sociais e que é muito conservadora.

O que tem, porém, chamado atenção nos últimos tempos são as capas da revista. Em uma de suas (capas) mais hilárias aparece um "militante pacifista" cercado por armas (posição contra o referendo) que causa impacto à primeira vista, logo um grande número de edições vendidas. Essa última semana está estampado o rosto de Antonio Palocci (entre as mais de dez destinadas contra figuras do governo) e a seguinte frase: Palocci se firma como o fiador da instabilidade econômica... "Imprescindível". Vulnerável ...mas as denúncias ainda podem sufocá-lo. Dá para perceber a ironia das aspas no "Imprescindível" que está na testa (alusão ao cérebro), como se a revista dissesse que o brilhantismo de Palocci na Fazenda pudesse ser substituído por outro e de que ele é vulnerável na fala podendo se complicar. Essa onda de mensagens subliminares de VEJA só reforça a idéia de que a imagem ativa funções no cérebro de que não se tem idéia.

O vermelho que excita, por exemplo -- se for posto em uma parede de restaurante -- ativa o cérebro de uma maneira como se dissesse: "Come logo e saia rápido". Com essa onda de "subliminarismo" de VEJA só nos resta uma coisa: encapá-las.

Filipux

24 comentários:

Anônimo disse...

Hhauhauahuahua

Lembrei daquela comunidade, daquele "site de interação": Leu na veja? Azar o seu!

Revistinha capenga essa, ainda serve pelas ultimas páginas, na sessão de cultura, quando de vez em quando acertam nas dicas de alguns livros ou filmes que passaram pelo INDEX deles. Mesmo assim, na dúvida, desconfie! De qualquer pagação de pau exarcebada principalmente.


Se eles querem a lavagem cerebral eu prefiro lobotomia!

Eeei, texto ótimo!!

- disse...

Eu assino Veja.
Realmente, me serve pra algumas coisas. Eu geralmente leio as páginas (compradas, diga- se de passagem - assim creio) das críticas musicais, literárias e cinematográficas.
Eu gosto também de observar a diagramação, e o antro de propagandas presentes nas páginas (coisa de publicitário aficcionado talvez).
E outra coisa que eu estudo e reparo bem é o subliminarismo contido na subjetividade das páginas da revista. As vezes o diracionamento da Veja chega a me enervar; mas tudo isso fica subentendido na nossa mente.

Enfim, tudo isso é só pra falar que eu odeio, mas leio de mesmo jeito, mesmo tendo conhecimento do certo mal que me faz.

Ah, já ia esquecendo do Mainardi. Ele é um puto, mas eu gostaria que ele escrevesse pro nosso blog de vez em quando...


Borba

Anônimo disse...

Ah, Mateus, Mainard é o cara mais chato do mundo!! Adoroo

- disse...

É Mateus, compartilhamos das mesmas idéias. Se bem que tem horas que exagera o número de propagandas na revista. Quanto à foto: bem, são todas minhas VEJAs.

-- Ai, por que tu lê?
-- Tenho vestibular no final do ano, esqueceu?
-- Ah, mas tu disse que a revista é tendenciosa.
-- Mas eu leio as crônicas. São um ótimo material de estudo para dissertação.
-- Veado!
-- Não, eu sou Puta. Veado és tu!

Filipux (e inimiga imaginária)

- disse...

Pô, isso tá foda! (no sentido de bom! Ótimo!)
Essa jogada do encapá-las no final foi excelente!
(nossa, quanto "pagação-de-pau"!)

Pois bem, eu mandaria colocar numa coluna da Veja, ops...!

É, isso é fruto de uma alienação já... "Porra, isso tinha que sair na Veja!" ou coisas do tipo!

Eu não leio Veja. Eu, às vezes, "olho" a IstoÉ!

Agora eu pergunto: se as três maiores revistas nacionais são "compradas" (Veja, IstoÉ e Época) o que a gente pode fazer?

Alguém acha que tem solução?

(É, eu quero abrir uma discussão aqui sim!)

Alfaia. Bem looongo!

- disse...

Não, não.
Ou tem?

Aqui se chama a "IstoÉ" de "QuantoÉ?", só pra se ter uma idéia.

Não acho que há solução né. Jornalismo sério sem vendagem? Isso é culpa, em parte, da própria cultura de mercado. Pra se fazer uma grande revista no Brasil, como a Veja, se precisa de números. Isso explica a metade das suas páginas lotadas de propaganda.

Ou então você tem muito dinheiro sobrando pra fazer uma publicação direcionalmente cultural, como a Caros Amigos.

Mas isso, infelizmente, não é geral.

Anônimo disse...

Borba aí em cima.

Anônimo disse...

bem... não sei se devia comentar, espero não ser apedrejado, mas vá lá...

Repudio e desprezo todo tipo de publicação ou de mídia informativa. Assim como repudio e desprezo o jornalismo, a publicidade, entre outros. É claro que tenho argumentos e é claro que basta usar do método da desconstrução para se chegar a conclusões elucidativas.
Logo, matematicamente podemos concluir que publicações como VEJA (ou seja, JORNALISMO + PUBLICIDADE) são mal-vindas e dispensáveis.

Mas nada que surpreenda, vindo de um nihilista...

abraços.

Anônimo disse...

Quais argumentos?

(Aliás hoje é domingo. Minha vó acabou de jogar a Veja da semana, quentinha ainda, em cima da minha cama).

Borba

Anônimo disse...

O Macherone Trattoria, ex-melhor restaurante santamariense, tinha cores fortes, mas não berrantes. Com muito preto e uma atmosfera aconchegante.

Fechou, mantendo a filial do shopping. Cujas paredes fazem a gente querer vomitar a massa que acabou de comer, para sair mais rápido.

Thiago e Daí

- disse...

Percebe-se que VEJA é um pau-mandado da direita brasileira: há muito tempo tem só tem publicado matérias anti-governistas.

Mas em tudo que se lê há uma certa tendência. Se pegarmos uma publicação de um panfleto dos Camarinha (família feudal de políticos corruptos que mandam e desmandam na Cidade "Feudal" do Alimento). Vê-se que eles sempre acusam os seus inimigos e mostram o que têm "feito" pela cidade. Essa panfletagem é gratuita, ou seja, é de fácil acesso às camadas mais pobres da população que por sua vez tem menos anos de estudo e é, assim, de mais fácil persuasão.

Outro tendência foi observada pela Puta que vos escreve: em São Paulo, deram a ela um panfleto dos partidos de extrema-direita (PSTU, PC do B)que continha dados anti-tucanos (anti-entreguistas) e anti-estadunidenses. Nele, diz que o presidente Chavez está no caminho certo ao "peitar" os estadunidenses. Mas como? Se a Venezuela precisa dos Estados Unidos para sobreviver? Blé!

Filipux (perdida e confusa, a puta volta ao seu quarto para dormir)

Anônimo disse...

Quanto à revista Veja (e as outras), a única certeza é que o processo de "fabricação" é ótimo! (coloca uma risada entre esses parênteses)!
Já que ela tem um grande teor de subliminarismo, isso me leva a crer que nossos merchand's, nossos artistas gráficos e os designers em geral trabalham muito bem!
Eu poderia aceitar se uma revista fosse 70% de suas páginas só propaganda, mas que o resto (matérias, colunas etc) fosse mais imparcial ou que, mesmo expressando a opinião do jornalista, não seguisse tendências entreguistas ou interesses políticos!


Ah, ontem teve a segunda fase do vestibular. Adivinha o que caiu, Pux?
"Produza um pequeno texto sobre o governo de Hugo Chávez destacando o papel do Estado em relação à economia e política do país."
Fora as outras três questões!

Bem, quanto ao caso da Venezuela, eu só concordo com você porque, caso o embate continue, os EUA simplesmente proíbira o comércio dos outros países com a Venezuela. E quem não obedece aos EUA? Ou seja, nesse caso a Venezuela não precisa necessariamente de um EUA, mas como o contexto é outro...
Mas isso são só minhas opiniões!

Alfaia

- disse...

Ah...
Relendo todos os coments eu parei no do Rodrigo.

Eu acho até legal ser nihilista, às vezes. Assim, pra descontrair, sabe?

Mas eu queria que você colocasse pelo menos um argumento aqui. Um argumento que explicasse esse repúdio. E nem me venha com essa de: "Ah, deixa pra lá, não é nada!"
(entendeu o trocadilho? hehe!)

Alfaia, mais uma vez novamente de novo!

Anônimo disse...

hahaha, você é um belo de um provocador (com o perdão do trocadilho. trocadilho? onde? hehehe!)..

Eu não concluo que eu seja um niilista ainda, aquilo foi mais uma força de expressão, uma brincadeira. Mas como todo bom pensador faz, pensando sobre as Instituições vigentes na nossa sociedade, é fácil concluir que elas são renegáveis sem sobra de dúvidas. É o produto de uma psicose generalizada. Logo, por negar instituições como Religião, Casamento, Família, and so on, estou bem mais próximo do Niilismo do que de qualquer outra coisa.

Mas enfim, nunca vale a pena argumentar sobre os pensamentos, são palavras perdidas, tentativas vãs, desperdícios. O sábio cala-se ao invés de falar.

Eu, como não sou sábio ainda (estou na tentativa né, rsss), acabo falando e falando demais. O meu comentário lá acima, por exemplo, era desnecessário, afinal não interessa a ninguém a não ser a mim mesmo o que eu penso ou deixo de pensar. Falar pra quê? Pra que falar?
Palavras ao vento...
Argumentar já é demais, seria só perda de energia e eu não estou afim de gastá-la não.

bem, é isso.
e você é um puto louco Renan! Que foi aquilo no msn? hahaha.
abraços.

(viu o tamanho do comentário? é, definitivamente eu ainda não sou um sábio... rs)

Anônimo disse...

ps: e a puta Filipux comemora o número de pagamentos - mesmo que através de uma conversa paralela entre B e C, sendo que a puta que está sendo paga é a puta A. hehehehe.

- disse...

Rapaz, esse negócio de sábio é aquele que se cala é furada, pra mim ó!

Ou então nós queimaremos e desprezaremos as obras de Cervantes, Joyce, García Marquez, Machado e tantos outros loucos que falam pra cacete! Parece até que eu já li tudo, né? Não, mas eu sei que são obras de grande volume e, geralmente, mudam vidas.

Ah, desculpa invadir isso aqui dessa maneira desmedida, Filipe! E desviar um pouco a direção do texto, mas é que eu não me controlo!

Tá bom, parei! :x

Viva a Veja!

Alfaia, mais incoveniente do que nunca!

Anônimo disse...

hahaha, aí você está falando de Literatura, Alfaia. É um outro assunto. Literatura há de existir. Não confunda as coisas...

abraços.

- disse...

Segundo alguns padrões, toda escrita é literatura! Eu acho meio rídiculo, mas é assim!
Tanto que a carta de Pedro Vaz Caminha ao rei de Portugal é tida como literatura!
Ou seja, uma coisa totalmente informativa... Assim como o jornalismo!

Não acho que estou confundindo tantos as coisas assim. Depende do ponto de vista.

Abraços.

Alfaia, falando besteira como nunca!

- disse...

Ah, tem outra:
Como assim "aí você está falando de Literatura, Alfaia"?
Por acaso, literatura é desprezível? Não pode ser tida como saber?

Hum...

Alfaia, cansado já!

Anônimo disse...

Literatura não é nada desprezível, muito pelo contrário.

E literatura não é ficar falando tudo o que pensa querendo provar pontos-de-vista com argumentos.
Por isso disse para não confundir.

Mas, enfim, você não entendeu nada do que eu quis dizer.

Deixa pra lá... não há necessidade de ficar prolongando essa discussão. Não vai levar a lugar algum. Se o negócio é transformar a discussão num campo de batalha para que você possa sair o vencedor, então que seja, você venceu, tudo o que você disse está certo.

(não vai ficar com raiva de mim por causa desse comentário hein. hehehe.. só estou sendo prático).

abraços.

- disse...

Clama, guris. Tem para todos.

A autora.

- disse...

O ruim é que a gente sempre entende pelo lado errado. Você também não entendeu muito do que eu quis dizer. Eu também não quis transformar isso num campo de batalha e, também, não vou ficar 'puto' por causa desse comentário.
Praticidade é bom, às vezes!

Grato pela compreensão!

Achei uma Veja hoje aqui em casa. Era uma revista muito antiga: 1998.

Queimei...

Mas antes, é lógico, eu li algumas matérias e, pasmem, ela já apresentava características burguesas!
Hahahahahahaha!

Alfaia

- disse...

Qual VEJA você queimaria?

Eu faria uma fulgueira com a VEJA com a capa onde Lula está grafado como Lulla (alusão a Collor). Quando é a Festa Junina? (tá, eu sei que é em junho!)

A autora.

Anônimo disse...

Meu Deus...


Borba