sexta-feira, agosto 15, 2008

O dor

Sentiu o cheiro no âmago do estômago. O cheiro que parecia ter cor, espessura e textura, tamanho o poder com que penetrava suas narinas, tinha sobretudo peso. Vinha como uma sucessão de sons e seus ecos, rechaçando pela sala, refletindo nas paredes imundas de sangue e caos, criando uma sensação metálica e transparente, vitral e triste. Um espectro visceral que corroia suas entranhas e quebrava suas unhas e fazia ranger seus dentes e arrepiar seus pêlos em uma agonia hedionda e incessante.
E veio a chuva de sapos.

11 comentários:

Anônimo disse...

não é o cheiro do ralo.

Alfaia disse...

é o perfume das magnólias!

:)

Marcela disse...

é o suvaco do pedreiro.

Esyath disse...

Borba,

este seria... o cheio da política do Governo? Ou apenas... de uma desilusão?

Biejos (Des)conexos!

Larissa Santiago disse...

é o sovaco do pedreiro [2]

Anônimo disse...

hm, não era o cheiro do ralo mesmo, era magnólia.

;}

Gabriela Cardoso disse...

é o cheiro da dor?

laura fia disse...

gostei daqui.
quanto ao cheiro, espero ao menos nunca me deparar com uma chuva de sapos. Não simpatizo com o animal.

Ingrid disse...

Cheiro da dor na minha opinião.

Ah, propostio, adorei o blog.

;)

Anônimo disse...

é o cheiro dos pés descalços.

Anônimo disse...

Magnólias, Magnólias... E Mateus.