quinta-feira, março 20, 2008

Tevê de propaganda em tela de bronzeador

Aqui.
Sol.
A pino.
Tudo bem pra um lugar com estereótipo de extensão do inferno.
Sol.
De rachar a cuca, de esquentar a moringa e fritar o miolo.
Sol.
Inevitável não pensar naquela estranha teoria dos pólos - ali do meio desenvolvido, rico - resoluta ao afirmar que o subdesenvolvimento perdura por aqui, o trópico, porque o sol deixa as pessoas mais lerdas e preguiçosas.
Sorrio, bobo.
Lerdo e preguiçoso.
E relembro a figura do meu avô.
No dia em que comentei sobre isso na hora da sua sesta, no avarandado da casa, calor nesse imenso empoeirado, ele de olhos cerrados, na cadeira de palha, praguejou, reclames quase comunistas:
- Esses filhos da puta não querem nem que façamos digestão...
Pensou.
Balançou mais um pouco depois de um longo suspiro.
- Daqui uns dias impedem a gente até de trepar.

5 comentários:

Anônimo disse...

texto remasterizado, edição especial de páscoa :)

eu já tnha lido antes,
há um tempo né?

reconheci! \o/

ficou mais legal assim, serião.

beijos!

Larissa Santiago disse...

ehhh.. me deu uma lezera aki
;)

Borba disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Foda.
Fiz a figura do teu vô, daqui.

Morganna disse...

rá! avô legal, o teu. =)

Anônimo disse...

Ai não, né? rsrsrs

Beijos.